Cor do ano 2026: O que diz a cor do ano 2026 segundo Pantone e WGSN por que "discordam" e o que isso tem a ver com a mulher que você está se tornando
- liliam reis
- há 8 horas
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Atualizado: há 5 horas
Como a cor do ano de 2026 Pantone e a WGSN traduzem o espírito do tempo em cores para o próximo ano e o que isso tem a ver com o processo de reconstrução simbólica de mulheres em crise de identidade
Antes de falarmos das cores que foram apresentadas pelas gigantes de mercado Pantone e WGSN como as cores do ano de 2026, é importante entender o que esses movimentos dizem sobre o nosso tempo, quero te contar como individualmente nos últimos 4 anos, venho senda afetada pelas pequisas que resultaram na cor do ano de 2026 pela Pantone: Cloud Dancer
Quando eu entrei na escola de design, eu esperava cor.
Depois de meses enclausurada em silêncios forçados, no cenário pós pandemico em que todos vivemos. Eu estava pronta para reencontrar o mundo pela intensidade.
Pelo movimento. espera um campus que me convocasse de forma criativa visualmengte expansiva.
Mas o que encontrei, ao chegar na escola de Desing, foi branco. Muito branco. Paredes, corredores, salas, tudo branco.
O tipo de branco que não acalma: assusta. Que não silencia: anestesia.
Aquele branco de hospital, de contenção, de ordem imposta.
Me revoltei. Afinal, que sentido fazia uma escola de design sem cor?
Só que os anos passaram. E agora, vivendo o caos de fim de curso, os prazos, a exaustão, eu entendo.
Talvez aquele branco fosse o que eu precisava, e não sabia.
Porque nem sempre a cor que desejamos é a que mais nos serve.
Às vezes, a ausência de estímulo é o que permite a reconstrução.
O silêncio visual é o único espaço onde a mente, em colapso, consegue respirar.
E talvez seja exatamente por isso que as duas maiores referências globais em cor e comportamento não chegaram a um consenso sobre 2026.
O que diz a Pantone e o que diz a WGSN?
Para 2026, a Pantone escolheu a cor Cloud Dancer (PANTONE 11-4201).
Um branco translúcido, leve, quase espiritual.
A justificativa? "Uma pausa simbólica. Uma lufada de ar num mundo barulhento. Um convite à clareza, ao recomeço, à limpeza sensorial."
(Fonte: Gshow | Pantone 2026)
pela WGSN em parceria com a Coloro. Fonte: WGSN | Coloro 2026
Enquanto isso, a WGSN (em parceria com a Coloro) elegeu a cor Transformative Teal (Coloro 129-54-18).
Um verde-azulado profundo, com base emocional e ecológica.
"Segundo a WGSN, essa cor representa o impulso coletivo por transformação, reconexão com a natureza e reestruturação pessoal em meio ao caos."
Em resumo:
• A Pantone aponta para o respiro, a neutralidade, a reconstrução interior
• A WGSN aponta para o movimento, a regeneração, a coragem ativa
Para alguns a cor pode ser resumida em gosto/ não gosto. Bonito/feio mas o que você não sabe, é que para uma empresa desse porte, que movimenta uma industria de bilhões de dólares ( ops. quase encarnei Miranda Priestly) Mas continuando, Cores são mais do que estética descola de contexto. São linguagem sensorial.
Na Imagem Disruptiva, trabalhamos a cor em três dimensões principais:
A primeira dimenção, abraço os afetos junro a memória que ela desperta
A cor que te acolhe hoje pode te agredir amanhã.
Você pode amar azul porque te lembra o vestido da sua mãe.
Ou rejeitar o mesmo tom porque te lembra o uniforme de um emprego que te adoeceu.
Cor é memória, vínculo afetivo, sensação.
Ela te atravessa antes de você perceber.
Já a segunda dimenção fala da comunicação: voltada pro sensorial o que ela comunica ao seu sistema e a linguagem coletiva acionada
do ponto de vista neurológico, cores são luz em frequências diferentes.
Elas ativam cones e bastonetes nos olhos, que transformam estímulo em impulso elétrico. Seu cérebro interpreta isso como um " gatilho" para o foco, relaxamento, repulsa ou energia.
• Cloud Dancer, com sua alta reflexão de luz, estimula centros de organização, contenção e foco.
• Transformative Teal, equilibrando azul e verde, ativa zonas de estabilidade emocional com prontidão.
É um “alerta suave” que convida à ação sem agressividade.
Por último e não menos importante, ao falarmos do porto de vista da terceira dimensão, olhamos para a Estética: a forma como tudo observado anteriormente pode se tornar expressa no mundo
A estética não é só uma questão de bom gosto.
Ela é cultura, identidade, simbologia, repertório.
A forma como uma cor opera em você depende do seu corpo, sua vivência, sua ancestralidade, sua visão de mundo e no caso dessas leituras de tendência, falamos do comportamento coletivo ou famigerado Espírito do tempo ( do alemão Zeitgeist)
E o que isso tudo tem a ver com você?
Talvez você esteja cansada de ser a mulher que sempre sabe.
Que sempre entrega. Que sempre resolve.
Talvez você esteja exausta de sustentar um papel que parece funcionar por fora,
mas que por dentro já não te representa.
Criaram pra nós uma ilusão cruel:
Você precisa escolher um personagem e manter o figurino até o fim.
Ser a boazinha. Ou a braba. A líder. Ou a sensível. A vilã. Ou a luz.
Mas a vida não é uma série de streaming.
E você não é uma personagem fixa.
Você pode mudar de tom.
Você pode rasgar o figurino.
Você pode não ter certeza e ainda assim estar inteira.
tentando se descobrir com as ferramentas que tem.
A cor do ano não precisa te definir.
A roupa não precisa te aprisionar.
A imagem, no meu método não faz uso de dispositivos de gênero pra te expor em uma vitrine, por aqui bucamos o espelho genuino.
Além de apresentar um caminho, lhe forneço ferramentas de reconstrução simbólica e prática. É um modo de sustentar a mulher que você está se tornando sem precisar performar o que já não cabe mais
Se você chegou até aqui, talvez você esteja nesse lugar:
Um pouco sem cor. Um pouco cansada.
Querendo mudar, mas sem saber pra onde.
E com coragem de não sustentar mais o papel de sempre.
Se quiser alguém pra caminhar com você, pra te ouvir sem rótulo, e te vestir sem apagar quem você é, a Imagem Disruptiva tem sido o caminho para centenas de mulheres em processo de ruptura à mais de 5anos, também podemos te ajudar.
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